terça-feira, 23 de setembro de 2008

Estava deitado a uns minutos, a deriva num mundo profundo e obscuro. Quando abri meus olhos e levantei, tudo em minha volta tinha um cinza brilhante, quase azul. Tsc... abri um sorriso atônito. Olhava pra vela e via o movimento do fogo. O encontro da luz com o vidro formava padrões de cores que se abriam como arco Iris na minha direção, arco Iris que se mexiam. Todo o cenário era de uma beleza divina, um quarto semi escuro com quatro velas, uma musica sufi tocava ao fundo. Tive que rir. Ri de mim mesmo e das minhas reações, ri do tamanho da beleza do mundo, ri por não saber comunicar de nenhuma outra forma o tamanho do meu deslumbramento. O quão elementar e belo o mundo pode ser, e ele sempre o era pra mim, mas ali, era como se eu simplesmente não pudesse negar. E eu estava em casa. Tive que ir lá no fundo de mim mesmo para descobrir que eu não precisava temer, ninguém julgava meus atos, eu podia ser a vontade. Ficar a vontade na vida, no meu corpo, no meu mundo, no meu jeito.

Não temer esse mergulho, enfrentá-lo de peito cheio, me deu vitalidade, e o que mais me impressionou foi que quanto mais desapegado eu fui de encontro da experiência, mais receptiva ela foi comigo. Fui meticuloso na minha preparação, e desapegado na minha ação. Aos primeiros sinais de que estava partindo de mim mesmo, logo desisti de lutar. Deitei e me deixei levar para onde ele quisesse me mostrar. E eu me transformei em mundos de cor pulsante, de danças energéticas em tom neon. Sai e voltei de mim tantas vezes que perdi a conta, ate que resolvi ver o que tinha do lado de fora. Abri meus olhos e me deparei com outro mistério de igual tamanho. Senti na barriga que o corpo era o ponto de contato do infinito de dentro com o infinito de fora. Perdido no espaço e boquiaberto ou com um sorriso no rosto, eu me lembrei do sentido obscuro do caos.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

As vezes sentir supera tudo pra mim, e fica impraticável existir, falar. Acho que esse meu esporte de expor a minha alma sensibilizou tudo. Certos momentos me são tão intensos, que já posso sentir meu corpo comendo aquelas informações e transformando elas em dor, incompreensão. E até que hoje em dia eu descobri como reverter esse processo, como descarregar isso, reelaborar a informação e comunica-la para mim. Transformar essa dor em criação e êxtase. Mas isso não impede que a cada dia o mundo me traga mais duvidas, incongruências e desafios. Fico me perguntando se isso um dia vai acabar, mas tenho motivos pra acreditar que não. Esse universo em expansão se revela o mais megalomaniaco processo exponencial de carga e descarga por mim imaginavel.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

SUPERNOVAS A PARTE

Procedo de forma única na arte do encontro. Quando se tocam, duas estrelas fazem tanta luz que por um segundo ela permeia todo o infinito, e fica gravada pra sempre no tempo. Então, por mim, primeiro a gente bota as nossas almas na mesa,e observa com deleite e paciência. Aprende tudo que pode, e depois esquece. Ai, depois, bota o corpo pelo teste do encaixe, vê se cabe quando eu pego na tua pele, quando eu arranho e mordo toda a carne disponível, quando fuço e descubro cada dobra e cada sobra da sua superfície de contato. Depois disso eu te transformo numa deusa escarlate, mistura de Venus e Marte, Babalon enfurecida, enlouquecida, gritando a suas linhas nesse texto que você me jura que nasceu sabendo, e eu sei que é mentira, mas que você não sabe. Enfim, nossas fronteiras se desfazem. E pouco a pouco nosso brilho é um só, e tão forte que queimaria a retina de um deus, mas somos mais. E ai a gente vê enfim, que o brilho é o universo inteiro, tudo que há e o nada que é são a mesma luz da qual nos fazemos parte.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Viu a menina no canto do bar. Não a conhecia, na verdade nunca trocara meia palavra com ela. Falar não era o seu forte, ele olhava pra ela, e já fazia um tempo. Era amiga de um conhecido, e, a algumas mesas de distancia, o cumprimentava. Sentiu a barriga revirando, uma sensação esquisita passando pelo corpo. Seu discurso ficou errático, que mulher magnética. Intensamente buscou o copo, que bebeu quase que de uma vez. Burro. Sabia, pois se conhecia bem, que tinha menos chance com o álcool, não, mentira, isso era uma injustiça. Em pequenas doses ele poderia ajudar, quebrar aquela inibição esquisita, a falta de assunto. Mas ele sabia que não era um cara de pequenas doses, se bebia era pra fugir e o seu nervosismo o seguia, por isso agarrava o copo e bebia mais rápido do que podia.

Os dois se levantaram da sua mesa no canto e vieram na sua direção. O amigo apresentou “Camarada, essa aqui é a Joana”. “Prazer” o que ele ia dizer¿ Era péssimo com isso. Os dois sentaram e pediram outra cerveja. Ele terminou o copo e voltou a enche-lo. Conversaram, mas o papo morria rápido, nenhuma conversa engrenava, ele foi perdendo as forças, ficando vez menor. Outras pessoas sentaram, ela riu do que todos tinham a dizer. Parecia que ria fácil, ele deveria saber dizer alguma coisa engraçada. Ele sempre sabia, o que havia de errado agora. O que fazia ele tão desinteressante toda vez que alguém lhe interessava¿ Buscou desesperadamente algo de fascinante pra dizer, algo de digno pra ser ou exibir, la de dentro. Mas toda tentativa era patética, quanto mais tentava mais ele se afundava numa poça de mentira. Enfim preferiu se ater as frases neutras, mas viu que tentar neutralizar-se chamava mais atenção. Simplesmente não tinha nada que fizesse que pudesse corrigi-lo naquela hora, estava grande demais para si mesmo.

Levantou-se, bebado. Era hora de dar um fim naquilo, olhou para a garota nos olhos, mas ela não respondeu. Desviou o olhar para o amigo, que cumprimentou com uma batida no ombro. “Valeu galera!” falou acenando pra mesa. Alguns responderam, outros continuaram suas conversas. Chegou em casa torpe, ligou a TV e deitou na cama olhando pra cima, não se deu o trabalho nem de virar pra ela. Sentia-se dormente e solitário. Pensou em culpar a menina, a sorte, o destino e o que mais¿ Por fim caiu em sua razão, riu de si mesmo, e fez tudo que podia, deixou-se derreter no sono entorpecido que formigou o seu corpo inteiro ate a escuridão total.

sei

Agora eu sei, que eu nunca soube o que fui. Mal sei o que sou, e bem sei ser, mas sou tão indefinível, translúcido, imperceptível, que já era, quando vi já não sou mais. Sou uma coisa que não dura nem um segundo, como aquele vulto no canto do olho que quando você vira pra ver já foi. Escorro pelas mãos, pelos olhos, pela pele, sou vento, sou água, sou fluxo, sou mudança. Sou como todo o universo. Sou intangível pois não sou objeto, sou ato, sou verbo, sou uma flecha mirado pro caos, sou as minhas mascaras preferidas, e as preteridas. Posso ser a escoria ou um santo, sou um pranto que confunde tristeza e espanto. Sou agora com certeza, o que faço do passado também vive mudando. Sou tantos detalhes de mim, que já seria difícil conhece-los todos, que dirá assim, eternos mutantes.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Nasrudin



The Search


One day the Mullah Nasrudin was seen frantically tearing around the village market, wild-eyed and desperate astride his donkey. He zipped this way and that, clearly searching with some urgency for something.

"What are you looking for, Mullah?" asked a villager, eventually.

"Not now!" spat Nasrudin, out of breath, "I'm looking for my donkey!"

http://en.wikibooks.org/wiki/Nasrudin

ta me parecendo que é o caso de achar o seu burro, viver a vida, rir e fazer o que a ocasião pedir

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

?

Acho que muito do que eu sinto ainda parte da constatação de que a vida é muito frágil. É inspiradora a delicadeza dessa teia que chamamos realidade, todas as perspectivas que se projetam sobre os objetos vazios e todas as suas fugazes verdades, todas as chances, todas as possibilidades, tudo em um só fluxo harmônico. Um equilíbrio dinâmico auto-regulado, a pluralidade do um, buscando entendimento através das suas partes, um sistema onde cada face contribui com as sua linhas no eterno drama cosmico. É assim que nós somos, os braços da divindade, trançando com cada movimento as historias pelas vontades. Que força obtusa será então essa que molda o nosso querer? O que será que nos atrai para a novidade? Mas realmente o que é? Eu me pego voltando para essa pergunta tantas vezes que já não acredito mais em respostas. Percebi que o que me movia era a pergunta em si e que ela é que era a resposta.

QUE FORÇA É ESTA QUE CONTINUA ME MOVENDO?

Resposta:

?

Foi difícil de me acostumar com essa idéia, mas eventualmente aquilo se assentou em mim. Essa proposição transformou o mundo é claro em uma coisa muito mais agradável. A força que me movia do ponto mais profundo do âmago do meu ser, a questão da minha alma era entender o seu próprio funcionamento. Essa era um jornada direta do conhecimento que levaria a níveis de intimidade comigo mesmo que poderiam ate me assustar em outros tempos. Mas eu ja via como as coisas que eram trazidas à luz me davam cada vez mais liberdade, e agora eu queria ser livre. Sofro com muito ansiedade, vejo que o tempo das coisas ainda é muito lento. Imagino que isso vai ser a única coisa capaz de me ensinar tudo o que eu estou aqui para aprender. Parado, extaseado observo o movimento eterno dos seres a minha volta. Gravitando ao redor das suas orbitas, eles buscam sensações que lhe sejam novas, confortáveis ou familiares. Olham uns para os outros e transbordam sentir. Cada um é uma bandeira irremediável de si mesmo, o que é lindo e fétido. E sagrada é a sua santa comunicação, interação e aprendizado.

A raça humana. Os macacos-magos da semântica. Poderosos manipuladores de símbolos. Animais mitológicos em evolução exponencial, rumo a gestalt final. Rumo a explosão do entendimento máximo. Eternamente fadados a mudança, à catarse e a transcendência. Abençoado seja o tempo, criador e dissolutor de todas as tensões. Abençoado seja a vida desse corpo social, que vibra e pulsa com cada Vontade, nos ensinando a voltar a ser um. Abençoada seja a noção sagrada de que o que se sabe é ínfimo em relação ao que se há para saber. Abençoado seja o fato de que não preciso fazer nada que não ser eu mesmo para continuar aprendendo, por que eu sou a pergunta, a sagrada pergunta, a dolorosa pergunta e a pergunta que nos faz transbordar de extase. Toda essa vida é a resposta, abençoada seja a eterna interrogação.

Orlando, FL

Tem umas horas que a gente ta tão sozinho, que é como se a solidão ganhasse cara e voz. Lá naquele chão frio e morto dos EUA, afrontado pela distancia, tudo que ouvia era o canto solitário do silencio. E que canto lindo que era, meu coração se apertava. Toda vez que caia sobre o meu ser a calma, logo vinha a sinfonia calada do meu peito vazio, acompanhada pelo backin’ da memória de tudo que eu amei. E tão cheio de sutilezas que eram essas canções, levantavam em mim mascaras e fantasmas de cores das quais sempre volto a me esqueçer. A saudade é um guia sábio e cruel. Rouba todos os seus vínculos, te mostra todos os seus lastros. Te faz dar uma volta em torno si mesmo pra encontrar o próprio rabo, te larga cara a cara com você. Te faz cachorro, até você perceber que é homem. E então, eu, paro, e ouço: a musica passa por mim: tão bela e tão... triste, confundem-se os opostos e somos largados em êxtase, em lagrimas enfim. Implorando por bis.

Fantasmas




Assombrações estranhas, com sensações preferidas, caem e saem dos vertices, enquanto habitam um mundo vazio.

domingo, 7 de setembro de 2008

Arrasa com o meu projeto de vida

Um oceano de dor é o que eu vejo, e juro que acho lindo. Dor e alivio, carga e descarga, é a atividade principal da vida, e é um jogo eterno de resistência. A vida amadureceu do esforço, e é uma beleza como cada célula tem um comprometimento nessa batalha eterna dela se manter vivendo. Fico imaginando como eram as coisas na sopa primordial. A vida tentando aqui, tentando ali, “como eu posso existir?” “uhm... essa forma funciona...” “se eu me agrupar a outras células minha chances de sobrevivência aumentam...” deve ter sido um período difícil. A vida nadando contra um rio, lutando para se manter existindo num ambiente hostil aonde tudo a suprimia. Mas pelo visto ela venceu, e o seu desenvolvimento criou formas cada vez mais sofisticadas para a sua manifestação. Até que finalmente, depois do que pareceu uma eternidade, uma grande novidade apareceu. E já era de se esperar, a vida é uma seta apontando para todas as possibilidades. A novidade era a reflexão, foi o salto quântico. Era como se a consciencia de todo esse processo biológico continuo cedesse um pouco dela mesma para uma entidade autônoma. Essa foi a forma que ela achou de acelerar as coisas, delegar função. Para isso ela contava com a colaboração geral dessas partes, mas essa é uma longa historia pra se contar, e o homem foi aos poucos aprendendo a calar a sua voz. A anomalia foi tamanha, que posteriormente todos aqueles que ouviram a vida falar foram tratados como loucos ou messias, dependendo do nível de organização mental dos mesmos. Não é nenhuma surpresa o mal do século, nos perdemos a função para a qual fomos criados originalmente. Veja bem camarada, não é uma questão de deus ou qualquer nome mesquinho que você quiser inventar, é só que esse é um projeto muito maior, e muito mais antigo do que você é capaz de imaginar.

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

E=MC²


Que deus me ajude a salvar minha alma.
Nesse mundo estranho e sem calma,
onde toda tentativa é presenteada com duvida,
onde a incerteza é toda resposta que há.

Que o caos me ajude a viver com paciência,
ante toda essa demência que me sufoca,
pra me ensinar a amar
o mistério, largar
o controle.

O cosmos e eu,
cada um com a sua função,
tudo que me resta, é o eterno resignificar
desse universo que é puro significante,
todo esse yin precisa de um yang.

Por que será que isso me mata?
Que a nossa perspectiva não se basta?
Quando eu acho que entendi a historia
logo entendo que foi só metade,
pra enfim ver que não passava de uma parte.
Maldita relatividade!
Fez do nosso mundo um olhar
e uma utopia da verdade.

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Eu adoro essas perguntas que se invertem. Hoje mais cedo, estava no palco, improvisando uma cena. E tudo o que a atriz dizia me atingia de uma forma que me fazia perguntar: o quanto de mim há nesse personagem? Terminei a cena abalado e em duvida, o quanto de personagem há em mim?

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Tecnica Nº2:

A arte extatica de ser ridículo.

Nós, seres humanos pensamos muito de nós mesmos. Costumamos pensar que nos somos belas merdas. Os intelectuais olham para os outros com desprezo por eles não terem sua mente. Os apolíneos olham com desprezo para aqueles que não tem o seu corpo. Os religiosos desprezam os que não tem a sua moral. E aqueles que não tiveram sorte o suficiente de ser bom em qualquer coisa simplesmente desprezam a humanidade inteira. Fomos enjaulados numa prisão de arrogância, achamos que somos tão importantes que é incomum achar pessoas que sabem lidar bem com a possibilidade de ser patético. Para todos aqueles que não têm esse dom, eu apresento a arte extática de ser ridículo.

Arte, pois precisa vir de dentro e ter verdade; extática por que gera êxtase; o ridículo pelo amor de tudo que belo. Grande parte das nossas irritações cotidianas, decorrem do fato de que achamos que a nossa visão sob as coisas é mais confiável que a de qualquer outra pessoa, bom, é mentira. A bem da verdade, ninguém sabe do que esta falando, não de verdade, muito menos eu. Mas o que importa¿ Você não tem razão, ninguém tem razão, quer dizer, todo mundo tem, mas isso é o mesmo que ninguém ter não é¿ Todo mundo tem razão ou certeza sob o seu ponto de vista, agora o problema é que nem todo mundo entende isso. Um exercício bem interessante é atentar para o que a gente fala, tentar ser honesto consigo mesmo sobre o que se sabe e o que não se sabe. Confessar ignorância também é saudável. Mesmo que você se exponha ao ridículo.

O negocio é quebrar essa casca de vaidade que nos envolve. Para isso eu sugiro um exercício pratico retirado do teatro: Ache o seu Bufão. O Bufão é um arquétipo humano, ele é o seu lado mais feio. Andando, teste posturas diferentes. Primeiro imagine que uma linha te puxa de cima pela ponta da cabeça, depois mova essa linha para o seu ombro, para o outro, para a bunda, para todos os lugares que você conseguir imaginar. Crie outras linhas, explore as possibilidades, ache a sua forma mais feia, mais deformada, mais bárbara. Quando você tiver terminado esse exercício, você pode desenvolver a língua do seu bufão, mas lembre-se, bufão não fala, só se comunica por grunhidos e sons, como um bebe. Ache o seu som mais horrível. Esse é o seu bufão, mostre-o para os seus amigos, aprenda a ama-lo. Enfim, aprenda a amar tudo que há de mais ridículo em você.

Cobras

Ravi shankar e haxixe me levam a um certo lugar. Uma vez estive lá e uma criatura apareceu. Ele era bem sinistro, tive um pouco de medo, mas resolvi esperar para ver o que acontecia. Me deitei e senti que ele me envolvia, começava pelos dedos dos pés, uma sensação eletrificada. Eu sentia que ia me envolvendo aos poucos, ate que enfim, me engoliu inteiro. Era como se eu estivesse mergulhado num mar de sensação, era como se esse abraço dissolve as minhas fronteiras. Comecei a sentir menos e menos os limites do meu corpo, me fundindo com a cama e com o ar. Foi ai que a criatura apareceu como imagem, ela era humanóide, mas não tinha rosto, apenas um contorno de luz azul. Ela se ajoelhou ao meu lado, e começou a dar facadas numa bolha branca que me envolvia. As facadas iam lacerando e criando aberturas na bolha e de repente tudo que eu conseguia ver eram pedaços da bolha largados por todos os lados. Ele cortou tudo, até que não sobrou nada. Me senti nu sem aquela bolha. Não sabia o que era, mas tinha gostado dela. Mal tive tempo de pensar quando fui arrebatado pela visão de uma cobra que vinha subindo como se nadasse para cima pelo espaço. A cobra vinha numa velocidade absurda e ela logo foi acompanhada por uma profusão de outra cobras que vinham serpenteando do mesmo centro, criando uma espécie de flor. À medida que a musica criava mais tensão as cobras surgiam mais e mais. Eis que subitamente, me bate a porta alguém, eu abro os meus olhos.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

EHEIEH

No oeste, eu sou este "eu sou".