segunda-feira, 28 de abril de 2014

mal-estar aqui

e já quero outro sítio

querer saber tanto de ti
quanto qualquer outro vício

sábado, 26 de abril de 2014

dos bosques

verde novo
panorama recriado
braços abertos
contra o sulco telúrico de um vale.

livrai-me do gosto de ferro
da densidade magna
da confusão que me engrossa

faz do negro alvo
pois ja estou no ponto do rubro
e perigo solar
no momento do coro.

pois se minha garganta ficou aspera
meus olhos gananciosos
meus versos pregos ou navalhas
e meus gestos golpes
é a ti que me-em-torno.

ver de novo
a gloria que se expande
em silente silêncio
pela vastidão de seus bosques
e quere-las pra mim
como se eu não pudesse mais fingir
que eles não são partes de meu corpo.

mato o que te quero meu
distancia que te faz meu motto
angústia de querer-te logo
nós urbanos
seres partidos de berço
filhos de adão
e da maçã-civilização