verde novo
panorama recriado
braços abertos
contra o sulco telúrico de um vale.
livrai-me do gosto de ferro
da densidade magna
da confusão que me engrossa
faz do negro alvo
pois ja estou no ponto do rubro
e perigo solar
no momento do coro.
pois se minha garganta ficou aspera
meus olhos gananciosos
meus versos pregos ou navalhas
e meus gestos golpes
é a ti que me-em-torno.
ver de novo
a gloria que se expande
em silente silêncio
pela vastidão de seus bosques
e quere-las pra mim
como se eu não pudesse mais fingir
que eles não são partes de meu corpo.
mato o que te quero meu
distancia que te faz meu motto
angústia de querer-te logo
nós urbanos
seres partidos de berço
filhos de adão
e da maçã-civilização
n'opará
Há 7 anos
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