segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Orlando, FL

Tem umas horas que a gente ta tão sozinho, que é como se a solidão ganhasse cara e voz. Lá naquele chão frio e morto dos EUA, afrontado pela distancia, tudo que ouvia era o canto solitário do silencio. E que canto lindo que era, meu coração se apertava. Toda vez que caia sobre o meu ser a calma, logo vinha a sinfonia calada do meu peito vazio, acompanhada pelo backin’ da memória de tudo que eu amei. E tão cheio de sutilezas que eram essas canções, levantavam em mim mascaras e fantasmas de cores das quais sempre volto a me esqueçer. A saudade é um guia sábio e cruel. Rouba todos os seus vínculos, te mostra todos os seus lastros. Te faz dar uma volta em torno si mesmo pra encontrar o próprio rabo, te larga cara a cara com você. Te faz cachorro, até você perceber que é homem. E então, eu, paro, e ouço: a musica passa por mim: tão bela e tão... triste, confundem-se os opostos e somos largados em êxtase, em lagrimas enfim. Implorando por bis.

3 comentários:

Manuela Cantuária disse...

tão lindo, jay. e tão triste!

Zofja e os bárbaros disse...

ah, bem... é isso mesmo.

Daniel V disse...

binito indeed...sat nam comrade