Sentado no taxi, contemplo uma lua do tamanho do meu punho fechado. Penso em aplaudir, mas o silencio é reverencia maior. Volto pra casa depois de uma noite explorando a catarse da dança. Avançando na tecnologia da entrega a um ritmo. Danço como que cavalgando, pulo em cada pé, quase abaixado, como quem investe contra algo, mas o que? Jogado nessa minha batida com tons de xamã, me exploro com sutileza. Quando não sou capaz de obliterar minha mente, abordo questões que me ocorrem. Discuto comigo e com os outros, assuntos que exigem sinceridade, num esforço para manter-me honesto. Me lembro das mentiras, mas não sou tão duro comigo. Exploro minhas memorias e vejo que eu sempre fui capaz de tudo, exploro o perdão. Suo, em bicas, esse é o meu liquido sagrado. O elixir alquemico, unico produto fisico da minhas transcendencia.
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