quinta-feira, 11 de junho de 2009

entrega

Quando encontro Dionisio
isto é o que se passa, em parte:
eu lhe empresto minha carne
ele me empresta a divindade.

Praticamente, tornamo-nos um.
A ação que move meu corpo
se torna um prazer incomum,
o pensamento foge.

Então, é só ele quem me move,
me desfaço em ontologia,
o êxtase me envolve.

Enfim percebo no ser estranha essência.
Aqui envolto, não há dentro e não há fora,
tudo se embola sob esse manto de consciência.

2 comentários:

Manuela Cantuária disse...

"Sabe nada!
Todos os caminhos são lícitos para a inocência. Pura loucura é a chave para a iniciação.
O silêncio irrompe o êxtase.
Nem homem nem mulher, mas ambos em um. Não fala, Bebê vestido de azul celeste, para que possas crescer para portar a Lança e o Graal! Vagar sozinho, e cantar!"

(crowley a respeito do fool)
esse texto me lembrou muito ele, ou estou obcecada mesmo, vai saber

Andrè Dale disse...

A gente tinha que se encontrar, mesmo...