terça-feira, 10 de novembro de 2009

os arquemistas

Meus problemas,
Seus problemas,
Nossos problemas.

Muitos dilemas,
emblemas
da nossa angustia
compartilhada.

Geração fadada ao processo,
não ao progresso.

Nosso nome,
não sei ao certo.
Suspeito
ser um verbo
ou um verso.

Depurar o incerto,
isso sim,
gesto concreto.
Idéias em aceleração máxima, provocando acidentes de catárticas proporções. Intuições de eufórica intensidade determinam os ritmos da criação. A morte, como tudo recriada, agora representa o mais refinado conceito de vida: um ente eterno deglutindo-se, recriando-se... um calesdocopio biológico que vomita novas camadas ontológicas, infológicas, metalógicas, ou qualquer logica que se atreva a imaginar. Uma sequencia de flores que brotam de dentro de si mesmas na mais bela das danças vegetais. É o convulsivo movimento criativo do vazio. O Tudo muda, o Nada permanece.

a vida

uma gargula fantasiada de anjo (ou um anjo fantasiado de gargula) gozando, expelindo duplos, triplos, multiplos, num teatro karmico (ou seja, baseado em ações) que mostra-se um fluxo de orgasmos e sensações.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

o onibus treme com pressa, me dificulta a escrita

escrevo
por que inscrevo em mim
essas palavras.

inscrevo
por que escavo em mim
essas imagens

imagino
que por agora
me sirvam de verdades

imagino
que enquanto isso
estudo minhas vontades