quarta-feira, 9 de junho de 2010

pulsos

Como eu sempre esvazio tudo,
trasnformo em conforto,
prazer
e mais tarde desgosto.
É melhor saborear lentamente
cada gota do mistério imanente
que encontro por agora, aqui.

Se essa mascara do eterno
ja vazou, das vistas
escondidas que meu ser um dia amou,
dos estados alterados
que o cogumelo ou cactus,
o cipó ou acido revelou.
Foi certamente
essa sede insaciavel
que tornou inpraticavel
um respeito admiravel
que seja digno
de cada centimetro desses seres.

Como é possivel
que eu seja irracivel
no que concerne
esse meu tédio universal?
Como é que pode?
Eu não me conformo
com esses simples dias sob o sol.
Será que estou pra sempre fadado
a ser governado
por essa demanda enlouquecida?
Atração por um medo excitante
que se torne lentamente
num vicio reconfortante
de aventuras, segredos,
incerta solidão, desejos,
ilusão!
Minha vida, um filme.

Preciso de um verso que rime
com calma.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Nós não somos a primeira Cia de Cinema

Coletivos coletam falas e falhas que ajudam e atrapalham.
Todos juntos na diversão da mandala nossa inversão não calha
de ser outra coisa que não criança no play.
Adolescente no play se pega, mas nega esse gosto quase brega
que à infancia delega, um substrato de todos juntos
que em real na criancisse não existia.
Só nessa relida e madura infantilidade que nos cabe
como o deleitoso presente que a criação tornou-se.

salve a primeira companhia de cinema
que não é!

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Memoria: acumulo,
fantasia,
projeção,
invenção, dinamica obra de arte
em parte.

Nostalgia
é a espera
infinita
de um momento
que ja passou
E que,
vejam só!
A gente mesmo inventou.